Quando eu não te tinha
Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo.
Agora amo a Natureza
Como um monge calmo à Virgem Maria,
Religiosamente, a meu modo, como dantes,
Mas de outra maneira mais comovida e próxima ...
Vejo melhor os rios quando vou contigo
Pelos campos até à beira dos rios;
Sentado a teu lado reparando nas nuvens
Reparo nelas melhor —
Tu não me tiraste a Natureza ...
Tu mudaste a Natureza ...
Trouxeste-me a Natureza para o pé de mim,
Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma,
Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais,
Por tu me escolheres para te ter e te amar,
Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente
Sobre todas as cousas.
Não me arrependo do que fui outrora
Porque ainda o sou.
Alberto Caeiro, in "O Pastor Amoroso"
Heterónimo de Fernando Pessoa
/Peneda do Gerês
/Lobios (Ourense) - Espanha
/Serra da Estrela
"As flores refletem bem o verdadeiro. Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha e por isso terei você para sempre."
Paulo Coelho
/Peneda do Gerês
"Aprendi que a vida é feita de pequenos detalhes, pequenas sutilezas
Aprendi que numa queda de braço, nem sempre o vencedor é quem ganha
Aprendi que pessoas especiais, te fazem especiais
Aprendi que tenho que estar feliz, para fazer os outros felizes
Aprendi que amigos verdadeiros é a família que escolhemos ter
Aprendi um despertar de sentimento puro, Deus não permitiria se não fosse para acontecer
Aprendi que poucas palavras podem expressar grandes sentimentos
Aprendi que o perdão começa de mim e acaba em mim
Aprendi que razão e coração estão sempre em conflito, mas sempre acabam se entendendo
Aprendi que nem sempre promessa que se faz, podem ser cumpridas
Aprendi que saudade é como a lua, tem suas fases, é uma constante
Aprendi que as diferenças podem encaixar na semelhança, ou vice e versa
Aprendi que um pato feio também pode nadar na lagoa
Não importa quantos erros tenho cometido, o que importa é o que aprendemos com eles."
Patricia Tieko
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"Gosto de ti como quem gosta do sábado,
Gosto de ti como quem abraça o fogo,
Gosto de ti como quem vence o espaço,
Como quem abre o regaço,
Como quem salta o vazio,
Um barco aporta no rio,
Um homem morre no esforço,
Sete colinas no dorso
E uma cidade p'ra mim.
Gosto de ti como quem mata o degredo,
Gosto de ti como quem finta o futuro,
Gosto de ti como quem diz não ter medo,
Como quem mente em segredo,
Como quem baila na estrada,
Vestido feito de nada,
As mãos fartas do corpo,
Um beijo louco no porto
E uma cidade p'ra ti.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Gosto de ti como uma estrela no dia,
Gosto de ti quando uma nuvem começa,
Gosto de ti quando o teu corpo pedia,
Quando nas mãos me ardia,
Como silêncio na guerra,
Beijos de luz e de terra,
E num passado imperfeito,
Um fogo farto no peito
E um mundo longe de nós.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me."
Pedro Abrunhosa - Ilumina-me
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