"Mesmo desacreditado e ignorado por todos, não posso desistir, pois para mim, vencer é nunca desistir."
Albert Einstein
“Quem nunca escreveu seu nome junto do de alguém numa folha de caderno?
Quem nunca ficou fazendo planos, deitado na cama antes de dormir?
Quem nunca leu e releu um histórico de mensagem e lembrou como se fosse na hora?
Quem nunca viu uma foto e pensou como seria se você estivesse lá?
Quem nunca precisou ouvir um elogio pra se sentir bem?
Quem nunca falou alguma coisa e se arrependeu depois?
Quem nunca teve um sonho perfeito e ficou puto de ter acordado?
Quem nunca ouviu uma música e lembrou de alguém?
Quem nunca olhou pro celular achando que era aquela pessoa especial e na verdade era sua mãe?
Quem nunca ficou bolado por um motivo ridículo e prometeu que não ia mais gostar de quem te fez sofrer, mas foi em vão?
Quem nunca se iludiu?
Quem nunca teve vontade de sumir e só voltar quando tudo estivesse bem?
Quem nunca amou e não foi correspondido?
Quem nunca viu um filme de romance e quis ser feliz para sempre?
Quem nunca passou por nada disso?”
"Sentou-se na esplanada, perna cruzada, e esperou que o tempo passasse. Sabia que a vida se resumia, por vezes, a isso: o tempo a passar, entre uma garrafa de cerveja e o vento a correr sobre o rosto. A loucura é acreditar que vale a pena. Recordou as férias, a praia, as correrias e os suores. E a pele dela. Ah, a pele dela. A loucura é acreditar que vale a pena. Fechou os olhos e foi lá, exactamente lá, ao momento e ao lugar da pele dela. Às pernas tocadas por baixo das mesas, aos braços roçados por cima das mesas. E aos lábios que se beijavam a cada vez que se falavam. Ah, a pele dela. A pele dela sempre por descobrir. A loucura é acreditar que vale a pena. Toda a pele por descobrir. Ah, o riso dela. Aquela forma de encher a vida com um simples som. Fechou os olhos e acreditou que era agora o tempo do riso, que era agora o tempo da loucura.
A loucura é acreditar que vale a pena. E vale."
"O coração acelerado
Cores e promessas
Como ser corajoso
Como posso amar quando tenho medo de me apaixonar
Mas ao ver você na solidão
Toda a minha dúvida de repente se vai de alguma maneira
Um passo mais perto
Eu morri todos os dias esperando você
Amor, não tenha medo
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil
O tempo fica parado
Há beleza em tudo que ela é
Terei coragem
Não deixarei nada levar embora
O que está na minha frente
Cada suspiro
Cada momento trouxe a isso
Um passo mais perto
Eu morri todos os dias esperando você
Amor, não tenha medo
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil
O tempo todo eu acreditei que te encontraria
O tempo trouxe o seu coração ao meu
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil
Um passo mais perto
Um passo mais perto
Eu morri todos os dias esperando você
Amor, não tenha medo
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil
O tempo todo eu acreditei que te encontraria
O tempo trouxe o seu coração ao meu
Eu te amei por mil anos
Eu te amarei por mais mil"
/Praça do Rossio - Lisboa
"Cruzavam as ruas como se fossem poemas.
Ele ensinava-lhe a vida, a ciência dos minutos.
Ela ensinava-lhe o sonho, a matemática do que não existe.
Viravam os ombros para olhar a carne dos dias. Procuravam, em cada ombro dos outros, a certeza do ombro absoluto, o ombro insuportável de só ele tudo suportar. Procuravam em todos os ombros o ombro final.
E encontravam-no sempre."
"Longe, lá de longe
de onde toda a beleza do mundo se esconde
Mande para ontem
uma voz que se expanda e suspenda esse instante
Lá de longe
de onde toda a beleza do mundo se esconde
Mande para ontem
uma voz que se expanda e suspenda esse instante
Lá de longe
de onde toda a beleza do mundo se esconde
Cante para hoje."
Tribalistas - Longe, lá de longe
"Na noite de Lisboa só os morcegos não conseguem voar. Nesta electricidade, os pólos opostos provocam inesperados contactos e curto-circuitos. Os insectos, descontroladamente seduzidos, volteiam em torno das lâmpadas. E há peixes cegos seguindo o próprio desejo e os sentimentos mais exclusivos. Depois, «chegou ao fundo a falua dos beijos / Quem sair dela será o rei do mar», como escreveu o príncipe da noite de Lisboa, Mário Cesariny. Porque a noite elege os seus próprios reis e princesas. Assiste-se a permanentes actos de coroação. A noite dispõe de seus paramentos e códigos. Depois, esmorecida, vai abandonando os seus personagens. Nas portas dos bares, os barris vazios de cerveja. Os gatos que atravessam fugidiamente as praças. Sobe do Tejo e com pezinhos de lã, a luz do amanhecer. Recua a electricidade. O dia requisita a razão e os braços que envolviam um corpo amado. Nem tempo nos dá para agradecer os sonhos. Aumenta o trânsito e engarrafa na primeira esquina. Regressas às frases feitas a boca dormente pelo longo beijo da noite que se retirou para repousar. Voltará mais logo. E sempre. E, talvez nos traga uma lua enorme para compensar."
Manuel Hermínio Monteiro Noite, a falua dos beijos
Padrão dos Descobrimentos
Rotunda do Marquês de Pombal
Terreiro do Paço
Vista do Castelo de São Jorge
"Há quem diga que todas as noites são de sonhos.
Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância.
O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado."
William Shakespeare
Gostava de conhecer a vida de um mendigo, de saber o que é que o levou a chegar a este ponto.
Droga, álcool, dividas, pobreza...
Gostava de conhecer o estilo de vida, o que sentem quando chove, quando está frio, quando está calor, em que pensam quando o sol se põe, com o que é que sonham.
Gostava de conhecer como era a vida deles antes de chegarem aquele ponto, se eram felizes, se tinham família, emprego, ambições, como imaginam de que será o futuro deles.
Gostava de saber o que lhes passa na cabeça quando alguém passa por eles, quando olham em volta, se têm realmente noção da vida que levam, ou se já passaram "para o outro lado".
Gostava de saber se falam sozinhos ou se a sua mente entorpecida os leva a imaginar pessoas que só eles vêm.
Gostava de saber se nesta vida conseguem ter algum instante de felicidade, se sentem a solidão.
Gostava de ter a capacidade de conseguir fazer algo por eles, mas confesso, sou demasiado egoísta para isso, eu e infelizmente a grande maioria das pessoas que só se preocupam com o seu próprio umbigo.
Gostava (ou será que não gostava?) de conhecer...
Gostava de ter coragem de me sentar ao lado de um deles e fazer-lhes todas estas perguntas..
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